A Justiça alagoana não deve decidir, nem tão cedo, sobre a ação que obriga o Governo a destinar parte dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza (Fecoep) a projetos sociais elaborados na pandemia. Por enquanto, os mais pobres recebem, somente, cestas básicas. O que é uma iniciativa louvável, mas não representa a busca da dignidade a quem vive no limite do limite da sobrevivência.
Os mais pobres ainda esperam que parte do dinheiro seja para o fim que lhe cabe: o combate à pobreza.
Representantes de igrejas, entidades da sociedade civil organizada e até um abaixo-assinado circula pelas redes sociais, direcionado ao governador Renan Filho (MDB). O pedido é o mesmo: autorizar o financiamento de projetos emergenciais na pandemia.
No Rio Grande do Sul, o governador anunciou proposta que acaba com uma série de incentivos fiscais, como os da cesta básica, e garante uma devolução de parte do imposto estadual às famílias de baixa renda.
Parece uma ideia interessante. Meio milhão de alagoanos estão abaixo da linha da pobreza. Qual seria o impacto de medida semelhante, se fosse aplicada em Alagoas, segundo Estado mais pobre do país?
Há alguém pensando ou discutindo outras ideias para o Fecoep?
Seria importante uma posição sobre isso.