Repórter Nordeste

Alagoas: fraudes na merenda e baixo desempenho de escolas públicas

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No mesmo dia em que a Polícia Federal indiciou 32 pessoas, entre empresários e servidores públicos, em mais um esquema da merenda escolar, o Ministério da Educação divulgou o ranking das escolas com maiores e menores notas no Exame Nacional do Ensino Médio- o Enem.

Confirma-se a tendência nacional: as melhores escolas são as particulares, mas não qualquer uma delas. As de elite, com mensalidades mais caras, estão no topo absoluto da lista.

São escolas com melhor infraestrutura, aulas aos finais de semana e durante a semana dois turnos de atividades aos alunos.

O governador Renan Filho promete inaugurar no próximo ano treze escolas em tempo integral.

Mas, isso vai significar qualidade no ensino público?

Na cidade de Belém, interior de Alagoas, faz mais de uma semana que professores e técnicos das escolas municipais estão em greve.

E o prefeito Clenio Villar toca as atividades na Prefeitura como se o problema não fosse dele.

Nesta sexta (7), os grevistas vão ao Ministério Público cobrar estrutura, aumento salarial que não têm faz três anos e qualidade da merenda escolar.

A mesma merenda que enche os bolsos dos indiciados pela Policia Federal mas não chega na boca dos alunos avaliados pelo MEC e acabam tendo desempenho menor porque entre a fome e o cérebro existe um longo caminho.

E no meio dele a pátria educadora, que o Brasil quer ser, mas onde a educação- desde as caravelas- é privilégio de quem pode pagar.

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