Alagoas em movimento

Afirmar que Alagoas estagnou, enquanto o Nordeste avançou, é mais do que falta de informação, é má-fé. Por que isso? Alagoas está muito bem? Claro que não

Luiz Otávio Gomes- Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico-Gazeta de Alagoas

“Enxergar o que está diante do nosso nariz exige um esforço constante”. Essa é uma das frases lapidares do escritor inglês George Orwell, um dos mais influentes do século 20. Na semana passada, Alagoas e os alagoanos foram surpreendidos por duas matérias publicadas pelo jornal Valor Econômico. E o que diziam as reportagens? Que o “Nordeste avança, mas Alagoas fica para trás”. Afirmação completamente descabida e falsa.

Desmonto a teoria com um dado oficial do IBGE, que anunciou, em novembro, os números do PIB de 2009, cujo resultado foi altamente significativo para Alagoas e os alagoanos, porém muito ruim para o Brasil e os brasileiros. O País cresceu -0.3%, o Nordeste cresceu 1.0% e Alagoas cresceu 2.1%, sendo o 4º maior crescimento da região. Atingimos um PIB de quase 22 bilhões de reais, sendo o 10º maior crescimento do País. E por que Alagoas teve um crescimento maior que o do Brasil e do Nordeste?

Trata-se do fruto de um trabalho sério, competente e focado em resultados, implantado pelo governador Teotonio Vilela Filho.

Afirmar que Alagoas estagnou, enquanto o Nordeste avançou, é mais do que falta de informação, é má-fé. Por que isso? Alagoas está muito bem? Claro que não.

Mas, está muito melhor do que há cinco anos. Os números falam por si. Dizer que “essa é uma terra sem oportunidade” é uma deslealdade. Este governo captou mais de 60 indústrias, 25 centros comerciais e quase 30 hotéis, totalizando mais de 6 bilhões de reais em investimentos, gerando milhares de empregos, renda e impostos. Isso é estagnação? Essa é uma terra sem oportunidade?

A quem interessa uma campanha negativa desse porte? O atual governo, sob a liderança de Teotonio Vilela Filho, tem realizado mudanças profundas, no que diz respeito à coisa pública. Hoje se governa para 3.2 milhões de alagoanos. Há com certeza uma profissionalização dos gestores, visando sempre o bem comum. O movimento de mudanças é permanente e isso às vezes desagrada o status quo estabelecido, que se nega a aceitar esse processo dinâmico.

Concluo, citando Alexis de Tocqueville, autor francês liberal, quando afirma: “Não posso deixar de temer que os homens cheguem a um ponto em que vejam todas as novas teorias como perigosas, todas as inovações como aborrecimentos cansativos, todos os progressos sociais como um passo inicial para a revolução, e que por isso se recusem absolutamente a realizar qualquer movimento”.

Alagoas é muito maior do que qualquer projeto pessoal. Vamos todos construir um Estado que seja cada vez mais um lugar melhor para trabalhar, investir e viver.

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