Alagoas é o décimo, no Brasil, em agressões contra mulheres; região Nordeste lidera casos

Bahia, por exemplo, é o terceiro no Brasil em número de ligações ao 180. Sergipe, o quarto. Piauí, o quinto, seguido do Maranhão (sexto), Rio Grande do Norte (nono) e Alagoas- na décima colocação, com 9.910 ligações.

Com agências

Números da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República indicam que Alagoas ocupa a décima colocação, no Brasil, em casos de agressão contra mulheres. O balanço se refere à Central de Atendimento à Mulher- o 180. O Nordeste lidera os casos de agressão no País.

O Distrito Federal lidera a lista de agressões contra mulheres- 13.558; Santa Catarina registrou menos denúncias- 6.657.

Só que o Nordeste agride mais as mulheres. A Bahia, por exemplo, é o terceiro no Brasil em número de ligações ao 180. Sergipe, o quarto. Piauí, o quinto, seguido do Maranhão (sexto), Rio Grande do Norte (nono) e Alagoas- na décima colocação, com 9.910 ligações.

O serviço totalizou 667.116 ligações – uma média de 1.828 por dia, segundo balanço.

Violência física (lesão corporal leve) é o tipo de relato mais frequente (16.985) no serviço registrado no ano passado, correspondendo a 61,28% das 74.984 ligações totais. O Rio de Janeiro somou 3.968; a Bahia, 2.481 casos; e a capital do País, 922 casos. Pernambuco computou 732 ligações para denunciar esta modalidade de violência.

Também merece destaque a participação da Bahia nas denúncias de violência sexual. O estado surge na segunda posição, com 83 casos, de um total de 731, ou seja, 11,3% das ligações relatando este tipo de violência foi registrado por mulheres baianas. São Paulo, o primeiro, teve 100.

Perfil
O Ligue 180 é majoritariamente (98,97%) procurado por mulheres adultas, em período economicamente produtivo e biologicamente reprodutivo, a maioria entre 30 e 39 anos. De acordo com o perfil das mulheres que recorrem ao serviço, 31,19% têm idades entre 20 e 29 anos; 32,08% entre 30 e 39 anos; 17,88% 40 e 49 anos e 8,64% entre 50 e 59 anos. Também foram registradas ligações feitas por homens: 3.402.

Os dados do balanço do ano mostram que 59,51% das vítimas não dependem financeiramente do agressor, evidenciando que essas mulheres têm dependência afetiva com os agressores. Outro aspecto importante no quesito econômico é que 8,45% das vítimas que contataram a Central são beneficiárias de programas de transferência de renda.

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