Alagoas ainda lidera mortalidade infantil no Brasil

Resultado é de ONG Visão Mundial, lançado nesta segunda em Recife

reporternordeste.com.br

Dados da Organização Não-Governamental Visão Mundial mostram que Alagoas ainda lidera, no Brasil, os índices de mortalidade infantil. Enquanto no País a média de mortalidade infantil é de 19 a cada mil crianças nascidas, em Alagoas ela está em 47 por mil.

Os números foram lançados em Recife nesta segunda-feira. Os números de Alagoas se referem a 2007.

Apesar dos avanços que o Brasil alcançou em relação à mortalidade infantil, a desigualdade regional, étnica e de oportunidades são fatores determinantes para que um número alto de crianças morra por causas completamente evitáveis.

A mortalidade infantil está em maior proporção no Norte e Nordeste brasileiro. Uma criança que nasce no Nordeste, por exemplo, tem 2,2 vezes mais chance do morrer do que uma criança que nasce no Sul. De todas as mortes infantis ocorridas em 2008, 44,8% foi de crianças pretas e pardas.

O Estudo sobre as Políticas Públicas de proteção à saúde infantil e materna no Brasil: um olhar especial para os filhos de mães adolescentes, realizado pela organização não-governamental Visão Mundial mostra ainda todos os dias, nove crianças filhas de mães adolescentes morrem antes de completar um ano de idade.

Esses bebês representam 20% do total de mortes infantis em todo o país.

Isso significa que um quinto dos bebês que nascem no Brasil – 8.544 meninas e meninos filhos de mães adolescentes – morre anualmente por causas completamente evitáveis.

A pesquisa foi feita por meio de análise documental a partir de publicações oficiais (dentre elas o Datasus e SIGPLAN), apresentando um acompanhamento das Metas do Milênio, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), e uma análise situacional entre os anos de 1990 e 2010.

A pesquisa faz parte dos esforços da campanha da Visão Mundial Saúde para as Crianças Primeiro que pretende contribuir para a redução da mortalidade infantil e materna com foco na adolescência no Brasil. Sua meta é engajar líderes governamentais e sociedade civil na priorização de ações e decisões que diretamente diminuam a mortalidade nesse público até 2015. Os esforços estão alinhados às metas 4 e 5 das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) – reduzir em 2/3 a mortalidade infantil e promover a saúde materna, respectivamente.

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