Ícone do site Repórter Nordeste

Alagoanos eram escravos de usina em Mato Grosso, diz Ministério do Trabalho

Alagoanos da Barra de Santo Antônio foram resgatados por equipes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso e do Ministério Público do Trabalho vivendo em condições análogas as dos escravos. Os números não foram divulgados mas eles estavam em uma usina de álcool na cidade matogrossense de Poconé.

Nos últimos10 dias, as equipes resgataram 38 pessoas sob regime de escravidão. Os flagrantes foram registrados em 3 fiscalizações nas cidades de Poconé, Nova Mutum e Nova Bandeirante.

Só este ano, em Mato Grosso, foram realizadas 26 ações, com 5 flagrantes de trabalho escravo e 55 resgates.

Ano passado, foram 83 trabalhadores.

Os dados do Ministério do Emprego e Trabalho mostram que ano passado Mato Grosso ocupou a quinta colocação do ranking, ficando abaixo de Minas Gerais (288), Goiás (262), São Paulo (150) e Rio de Janeiro (111).

Dos casos mais recentes, em uma usina de álcool em Poconé, a fiscalização flagrou 139 empregados com trabalhos atrasados e 27 pessoas vivendo em ambiente precário e sofrendo maus-tratos. Os alojamentos disponibilizados pela empresa não ofereciam condições mínimas de uso e os veículos usados no transporte dos contratados não garantiam a segurança necessária. A maioria dos trabalhadores era da cidade de Barra de Santo Antônio e vieram com a promessa de emprego de qualidade e bons salários.

O advogado da usina de álcool, Ademir Cardoso, afirma que a empresa não expõe os contratados à situação análoga a escrava. Garante que o diretor da empresa respondeu judicialmente pela prática deste crime apenas uma vez e foi absolvido pela Justiça. O defensor aponta ainda que diante de qualquer irregularidade encontrada na usina durante as fiscalizações, os órgãos vistoriadores entendem a existência de situação análoga a escrava. Quanto ao último flagrante, Cardoso aponta que a empresa foi notificada a apresentar documentos e atendeu o pedido.

As informações são do jornal A Gazeta (Mato Grosso)

Sair da versão mobile