36% dos eleitores em Maceió não votaram em nenhum dos candidatos a prefeito, no primeiro turno. Essa é a soma das abstenções, nulos e brancos.
É legítima a posição de eleitores ou partidos que, nas redes sociais, revela que não votará nem em Alfredo Gaspar nem em JHC. Por n motivos.
Mas, que tal a gente conversar?
Anular ou votar em branco ou deixar de ir para as urnas no dia da eleição não altera o resultado: um dos dois será eleito, ficará 4 anos no comando de Maceió, terá uma gestão cheia de cobranças (quem ganhar não deve alcançar uma larga margem de votos em relação ao segundo colocado) além de duas dificuldades: bairros afundando e a perspectiva de crescimento zero da economia brasileira em 2021.
Alfredo ou JHC – JHC ou Alfredo- é quem assumirá essa bagaceira social que existe na capital alagoana. Um deles terá de encontrar soluções para o Dique Estrada, o Village Campestre, a feira do Jacintinho, o Mercado da Produção, o horror do nosso trânsito.
JHC e Alfredo – Alfredo e JHC- não empolgam como candidatos. Como nenhum outro no primeiro turno também empolgou, nem a esquerda ainda vitimista e andando de salto alto na lama periférica.
Agora, temos uma nova eleição.
E temos este cenário. Ignorá-lo é o mesmo que seguir reclamando da nossa classe política, e morando numa cidade desconhecendo os seus graves problemas.
Ou adotando a fácil estratégia de sumir por dois anos e reaparecer durante as eleições, ensinando às pessoas lições que elas, pragmaticamente, são obrigadas a conviver todos os dias.
Hora de fazer história: neste segundo turno, vote em um ou outro.
E vamos assistir aos debates na TV. Hoje é o da TV Pajuçara.
E vamos escolher um ou outro.
Não escolher ninguém será optar pelo pior.
Viver a síndrome de Pilatos será a nossa sina pelos próximos anos.
Maceió precisa de um prefeito em 2021.