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Adélio, Carlos Bolsonaro, a facada, Moro e a vaga no STF são coincidências?

Carlos Bolsonaro esteve nos mesmos dias que Adélio Bispo, no clube de tiro em Florianópolis, no mês de julho de 2018, portanto antes da campanha presidencial do pai, revela investigação do Diário do Centro do Mundo.

O Adélio só saiu de Santa Catarina em 20 de agosto para a cidade de Juiz de Fora. Lá, esfaqueou Jair Bolsonaro. Facada sem sangue que alterou os rumos da campanha presidencial.

O vice de Bolsonaro, general Mourão, revelou que Sérgio Moro foi convidado para o Ministério da Justiça ainda na campanha presidencial. Uma semana antes do resultado do primeiro turno, Moro retirou o sigilo de parte da delação do ex-ministro Antônio Palocci, em que eram citados o ex-presidente Lula, do PT, mesmo partido de Fernando Haddad.

Bolsonaro revelou um “compromisso firmado” com Sérgio Moro: indicá-lo para a primeira vaga de ministro do STF, que será aberta em 2020. Moro era juiz federal, a estrela da Lava Jato e que prendeu Lula. Foi convidado para ser ministro da Justiça e pediu exoneração. Esse compromisso foi ainda durante a campanha eleitoral? E por causa disso, o ainda juiz usou a Justiça para mexer no resultado das eleições?

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, esteve pelo menos três vezes nos Estados Unidos, em Washington, onde fica a Casa Branca, para discutir a situação da Venezuela. O Brasil ajudou a dar um golpe que fracassou no país vizinho. A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, que despertam o senso humanitário do Governo americano.

Todas estas coincidências estão ligadas ao nosso dia a dia. Liberação de centenas de agrotóxicos na mesa e na água dos brasileiros; milhões de pessoas de volta ao Mapa da Fome; a reforma da Previdência do Paulo Guedes que é boa para os bancos; os cortes nas universidades federais, nas pesquisas, nos direitos dos pobres; a privatização do setor elétrico, deixando milhares de pessoas sem luz em suas casas; o aumento do preço do feijão, da carne, da gasolina.

Amanhã haverá protestos pelo país. São os estudantes universitários nas ruas que cobram o direito constitucional de continuar estudando. Mas existem milhares de insatisfeitos em todas as camadas sociais. Há muitas coincidências na era Bolsonaro. Uma das piores é o desmantelamento de tudo o que é público. E quem não tem dinheiro para pagar? A resposta pode ser: ‘É só fazer gesto de arminha que passa’.

Não vai passar.

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