A criação de uma junta interventora com obrigação de encontrar saídas para o Veredas – incluindo o pagamento dos funcionários- impõe uma série de exigências para a direção financeira do hospital.
O acordo fechado pelo juiz federal Raimundo Alves de Campos Junior nesta quinta-feira, 28/11, determina transparência nos gastos; publicação de balanços; relatórios mensais; estratégias para negociar e pagar dividas trabalhistas.
A gestão será compartilhada, com representantes da Prefeitura de Maceió, do Governo e da União.
Haverá também: auditorias regulares, contratação de uma empresa especializada em gestão hospitalar e um plano emergencial para reestruturar o hospital e assegurar a continuidade do atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que representam 80% (oitenta por cento) da demanda do Veredas.
O Veredas recebeu R$ 400 milhões entre 2016 e 2023, em recursos públicos. Como mostrou o Repórter Nordeste, o hospital acumula R$ 5 milhões em dívidas apenas com a Equatorial. Fez um gato na energia elétrica e proibiu os técnicos da empresa de instalar medidores de luz.
Rodrigo Cunha, futuro vice-prefeito de Maceió, é quem deve assumir o comando da saúde em Maceió. Isso significa que o hoje senador pode ser uma peça importante para ajudar o Veredas a sair do buraco.
E não dá para ignorar: o hospital é o terceiro maior de Alagoas. Torcer para ele fechar as portas é acreditar no caos como solução. A frágil rede pública de saúde alagoana já absorve muito mal os invisíveis. Que dirá os ignorados.