Decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5a Região- com sede em Recife-pede desmembramento do processo contra o ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN)- na ação que investiga o desvio de R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa.
Com o desmembramento, o processo contra o ex-parlamentar- sem foro privilegiado- é encaminhado a Justiça Federal alagoana. Ele é acusado de usar a verba de gabinete da Assembleia para quitar empréstimos nos bancos Rural e Bradesco.
O relator da decisão, no TRF da 5a Região, em Recife foi o desembargador federal Francisco Barros Dias.
Por ordem judicial, Tenório foi liberado da prisão, após passar um ano e 14 dias em Maceió. Fora da cadeia, ele usa tornozeleira eletrônica- monitoramento a distância.
Nesta sexta-feira, 24, ele se apresentou na sede da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, para tratar da lotação dele, em uma alguma delegacia. Chico Tenório é delegado.
Ele responde pelo assassinato do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves, em 1996, em um posto de gasolina. Ainda é acusado na morte de Cícero Belém e José Alfredo Raposo Tenório Filho, mortos em 2005, instantes após terem saído da casa do delegado, no condomínio Aldebaran.
O ex-parlamentar é acusado ainda de matar o fazendeiro Fernando Fidélis, que estava preso por assassinato. Ele foi morto na cadeia em outubro de 2005.
Tenório e o prefeito afastado da cidade de Traipu, Marcos Santos, organizaram uma festa de Natal na cadeia, com direito à presença da família e fotos no Facebook. A repercussão do caso fez a Justiça determinar o fechamento da Casa de Custódia, na capital, local onde estavam presos. Na cadeia, estava a prefeita da cidade de Chã Preta e mulher de Chico, Rita Tenório.
Além do ex-parlamentar, o irmão dele, o ex-deputado estadual José Maria Tenório (PMN )- preso por roubo a bancos -, também foi beneficiado pela liberdade, desde que use a tornozeleira eletrônica.