Millane Hora não vai ganhar mais R$ 11 mil na gestão de JHC. Ela abriu mão, após seu namorado, o senador Rodrigo Cunha, ser acusado de nepotismo.
Há uma discussão jurídica que os estudiosos do Direito com ou sem formação no zap zap dominam bem.
Há uma discussão política. Cunha se elegeu sob o manto da ética, moralidade e bons costumes. Até agora seu mandato é um conjunto de silêncios em torno de Jair Bolsonaro. Ele sabe o porquê.
Sem ter o que mostrar, Cunha foi obrigado a assistir o que os outros têm a falar dele. E veio a nomeação de sua namorada para a Assistência Social. Um deslize desnecessário. Cunha se comportou como um vereador de cidade pequena, não percebeu quem ele é, sua importância no cenário: não existe eleição em Alagoas hoje que não passe em sua mesa.
Creio que a competência de Millane Hora não está em jogo. E sim o oco da era Rodrigo Cunha. E ele foi eleito em uma circunstância atípica: agregou o sentimento anti-Renan com um exército trabalhando a custo zero, buscando cada voto para o hoje senador, tudo na esteira do anti-Renan.
Quatro anos depois, o resultado é este: Cunha ainda não deixou de comemorar sua eleição, virou uma peça comum do sistema. E se mexe como candidato ao Governo.
Não cabe dizer se o que aconteceu é legal ou não. O Direito é uma luva que cabe em qualquer mão, para gregos e baianos.
Cabe sim avaliarmos: o que é Rodrigo Cunha hoje no Senado? Como disse: um vereador de cidade minúscula do interior. Sua claque diz que ele está certíssimo. Vida que segue.
Uma resposta
Rodrigo Cunha é minúsculo ante ao partido que o agrega, serve como fantoche dos títeres tucanos. Usa do discurso, da oratória renovadora generalizada, afinal, quem há de ser a favor da corrupção? Quem há de ser a favor da Saúde precária? Quem há de contra a ética? São discursos generalizantes que conquistam ouvidos desavizados. É preciso enxergar quem o apoia, quem o promove politicamente para entender suas ações ou omissões. É o mais do mesmo, apenas perfumaria.