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A partir de hoje, deputados analisam futuro do MP em Alagoas

A partir de hoje, e até o final do mês, os deputados estaduais decidirão se mantem ou derrubam o veto aos R$ 16 milhões de reais, cortados do Ministério Público Estadual. Pior: O episódio mostrou que houve apenas retaliação dos parlamentares, às investigações realizadas na Casa de Tavares Bastos pelo MP.

As últimas duas semanas são esclarecedoras: a promotora Adilza Freitas, da Ampal, diz que a Assembleia retalia o MP pelas investigações, por isso os cortes. A Mesa Diretora, de Fernando Toledo, recontrata uma servidora demitida após ser denunciada pelo Fantástico integrando uma família recebendo milhões de reais da Assembleia e incluída no Bolsa Família. O advogado Fábio Ferrario, procurador do Legislativo, tenta fazer um recadastramento e implantar relógio de ponto na Assembleia. E a resistência dos funcionários é tão grande que virou um folclore. Ou um guerreiro mal feito.

O Governo reagiu e vetou o corte que os deputados queriam impor, com a justificativa de transferir dinheiro para a segurança pública. A Assembleia tem dois deputados estaduais citados em crimes de pistolagem- e mais outro acusado de ameaçar um funcionário da Eletrobrás. E outro com uma ação judicial trancada pela Assembleia porque não conseguiu, o deputado, justificar a origem de uma arma apreendida na casa dele por agentes federais.

Deputados com este histórico se preocupam com a segurança pública?

O veto ao Ministério Público Estadual integra a lista dos desgastes gratuitos na Assembleia, que não se reergueu do 6 de dezembro de 2007, dia e ano da Operação Taturana e o sumiço dos R$ 300 milhões de reais transformados em riqueza em meio a currais eleitorais miseráveis.

O ano eleitoral promete ser longo. E com deputados insistindo no velho estilo: aviso ao Ministério Público e financiamento de campanha, com a folha de pagamento do Legislativo.

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