A origem do natal e o espirito natalino

Ueldison Alves

Nos historiadores sabemos que o natal não é algo cristão da palavra e sim remonta algo ainda mais ancestral, é uma fusão do cristianismo e paganismo.

O natal antes de tudo é considerado uma festa de Mitra o deus supremo persa e o deus do solar romano, implantado pelo imperador Constantino.

Essa data tem um símbolo próprio, conhecido como solís Invictus, onde nesse período do ano a Europa e o continente asiático passa pelo solstício de inverno, na data do dia 24 para 25 de dezembro, o dia é mais longo do que a noite.

Para além os egípcios antes mesmo de Constantino aderir o dia 25 de dezembro como a festa do Mitra ou mitraismo, os egípcios comemoravam nessa data a festa do nascimento de Horus, filho de Isis e Osíris que tornar-se o rei de todo o Egito após o combate com seu tio Seth.

Os celtas acreditavam que o pinheiro era o símbolo do nascimento, da abundância, esses nórdicos que a posteriori será os futuros bretões, germânicos, darão lugar a outros deuses como Thor, Odin e São Nicolau, deuses esses que serão difundidos em papai Noel no século XX na cidade de Nova York.

Mas antes de tudo é importante ressaltar que o natal na idade média não era algo bem visto pela população e por muito tempo tornou-se uma festa de bêbados, quando o natal chegava, muitas pessoas ião para as ruas beber até cair, brigas, mortes era algo frequente, diferente dos dias atuais, que tem um caráter familiar, essa característica fraternal e realizar festas e unir as famílias é algo mais recente do início do século XX, principalmente com ascensão do capitalismo tendo a figura do papai Noel como já dito.

A Light Power uma das grandes empresas novaiorquina, começou a inovar o natal na década de 20 com as luzes coloridas enfeitando os pinheiros, ainda o natal não era um algo feito para a classe baixa que realizavam festas bem básicas com que se tinha em casa.

Durante a primeira guerra mundial em 1917, soldados de trincheiras deram uma trégua nos combates e confraternizaram juntos.

Nessa evolução novaiorquina de comemorar o natal em família, surge também a figura emblemática e carismática do papai Noel, a título de curiosidade as renas foi tirada da mitologia de Odin que voava pelo céu através de seus animais fantásticos e a entrega dos presentes por São Nicolau na Alemanha, onde ele só presenteava aquelas crianças que fossem boas durante o ano inteiro e deveria colocar as meias próximos as lareiras.

Mas com o passar do tempo, e com o surgimento do neoliberalismo na década de 80, o espírito natalino passou a ser movida pelo consumismo, época essa que as empresas faturam o dobro durante as festividades, compras de presentes, tudo isso para uma unificação familiar de todas as classes sociais.

O papai Noel hoje é considerado “papai pop”, ele está de todas as cores, de todas as formas e vários estereótipos.

O espírito hoje natalino movido pelo consumismo desviou e modificou literalmente aquilo que conhecemos do passado.

Unificando mais a família e trazendo espírito de fraternidade, ao nascimento de quem?

Bom, seja ele de Cristo, Horus, Buda, cada um dentro de si escolhe o nascimento que quer acreditar, uma coisa é certa a dizer é que o natal traz a renovação, o perdão, para cada um nascer novamente dentro de si.

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