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A Lilith escritora contra o mercado patriarcal

Eles não querem que a gente escreva!

Parece um grito genérico, solto no ar na hora da insubmissão. Mas uma gama de mulheres reforça, endossa!

Sabem por qual razão? Elas sentem na pele os efeitos desse boicote!

Eles representam os sistemas ( às vezes vestem saia) e arrastam consigo os poderes dos carimbos, da canetas, editais, seleções, feiras, etc.

Lidam mal com a insistência de algumas de nós que, tal qual Lilith, resolveram escolher a própria posição no jogo da vida, e defendem o prazer de ser quem são.

Nós queremos escrever sobre política, e lançamos nossos próprios livros, sem permissão!

Eles nos enviam recados nada recatados. Afinal sempre nos quiseram educando criancinhas! Coisas do mundo, isso não! Quem dava conta de explicar sistema social senão o elemento patriarcal?

Mulher que escreve para gente adulta, sem bajular o rei nem os bufões, é mulher culta!

Eles até deixam que algumas mulheres escrevam, sobre castelos e princesas, para ganharem miniaturas de palácios em cafés e chás elitizados.

Para nós, entretanto, fecham portas e partem ao meio as pontes.

Nos isolam em ilhas de degredo.

Vamos contar o segredo?

Essa solidão, esse inferno, e a morte dos nossos rebentos, funcionam em nossas teclas como unguentos sagrados; quanto mais dolorida a punição que nos impingem, mas escrevemos com verve, prazer e vertigem, para desmascarar as artimanhas dos pseudo-sábios, travestidos de deuses morais.

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