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A história de Anderson e o que a PM inventou sobre ele

O estudante do 3o período de Direito, Anderson da Silva Lima, está tendo trabalho para se livrar de uma história, contada por uma guarnição da polícia militar, que o abordou, algemou e o conduziu para a delegacia em 15 de novembro do ano passado, na cidade de Matriz de Camaragibe, litoral norte alagoano.

A abordagem foi assunto desde blog. Anderson foi algemado e levado para a delegacia após revelar que era estudante de Direito.

Antes dele ser algemado, cerca de 15 pessoas foram revistadas, com a justificativa de estarem aglomerando. Era dia de eleição e havia muito gente na rua.

Anderson foi o único a ser levado para a delegacia algemado. Outros três foram conduzidos por suspeita de compra de votos. Mas sem algemas.

Anderson não sabia qual crime tinha cometido.

E na delegacia o PM disse que Anderson chamou a guarnição da polícia de “vendida”. Foi dada voz de prisão pelo crime de injúria.

Em seguida ele foi algemado porque estava violento.

“Por que eu bateria em um policial armado e me abordando?”, perguntou Anderson.

Testemunhas desmontam a versão do PM sobre as reações de Anderson. Além de vídeos da abordagem, mostrando que os excessos foram cometidos pela PM.

“Eu me sinto como na ditadura onde a pessoa era presa e inventavam um crime para ela”, contou.

A prisão do jovem gerou forte reação em Matriz. E prejudica Anderson.

A versão contada por ele na delegacia é próxima daquilo que o blog apurou no dia da eleição.

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