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A fúria santa de Chico, Sérgio e Drummond contra a ABL

Nem todos se encantam pelo fardão da Academia Brasileira de Letras, uma instituição historicamente pouco justa na hora de premiar ou reconhecer representantes da cultura brasileira.

A Academia nunca quis Guimarães Rosa. Aceitou José Sarney.

Antônio Cândido não se interessava por ela. Preferia estudar, ao invés de frequentar seus saraus de luxo.

Quando Getúlio Vargas virou um dos acadêmicos, Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Buarque de Hollanda assinaram um documento: nunca entrariam ou aceitariam convites para ingressar na Academia.

Motivo óbvio: Getúlio, ditador, perseguiu ambos, tratados como inimigos do seu regime. Para eles, a ABL escolheu seu lado. E não era o da democracia.

Chico Buarque, filho de Sérgio, se uniu ao pai. Também nunca quis ingressar na academia. E diz que Chiquinho, seu neto, também carrega o compromisso da negativa.

Eis a rebeldia santa, cheia de coragem e significado.

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