Repórter Nordeste

A diferença do método Alfredo Gaspar e do comandante da PM, Lima Junior

limajuniorlatuff
Lima Junior, comandante da PM, representado por Latuff

É importante que o secretário de Defesa Social, Alfredo Gaspar, possa, no cargo, ir além da simples comemoração na queda do número de homicídios durante o carnaval. Estratégia, aliás, mórbida. E que não deu certo na era Teotonio Vilela Filho, que copiou o modelo tucano de São Paulo, em tempos de Geraldo Alckmin.

Porém, neste pouco tempo na função, há uma disparidade entre Gaspar e o comandante da PM, coronel Lima Júnior.

O secretário mostra, em material produzido pela assessora Dulce Melo, para a Agência Alagoas, a ação de uma polícia preventiva. Perceba que ele não falou do militar que matou três assaltantes em uma van, na cidade de Rio Largo, na última sexta-feira (13) (veja material abaixo). Assunto, aliás, que rendeu uma nota, em destaque, do comandante Lima Junior e uma repercussão negativa tamanha (em charge de Latuff) que ele teve de fazer outra nota, esta para o resto da tropa, que trabalhou no carnaval.

O secretário também não fez questão de fazer uma defesa pública de militares acusados de torturar, matar e ocultar o corpo do jovem Davi da Silva.

O comandante da PM, ao contrário, fez circular, através de material produzido por sua assessoria, um texto em que mostra estar ao lado dos militares, conforme registro do jornalista Davi Soares, em seu blog:

“Estaremos do lado da guarnição até a finalização do processo. Se restar comprovado que eles são culpados, serão devidamente responsabilizados conforme a Lei. Mas enquanto isso não ocorrer daremos todo o apoio necessário para que possam se defender e o caso seja elucidado”, disse Lima Júnior, em release de sua assessoria.

A pressa na defesa do comandante da PM foi e é um desgaste desnecessário. Levando ao governador Renan Filho (PMDB) e ao seu pai, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), a imagem de uma administração comprometida com o crime.

E de uma diferença na compreensão de um novo modelo de segurança entre o secretário e o coronel Lima Júnior.

 

Índice de homicídios cai 42,1% durante o Carnaval de 2015

Dulce Melo

Contabilizados os dados referentes ao período carnavalesco de 2015, a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres) constatou uma redução de 42,1% no número de homicídios em comparação com o mesmo período de 2014, em todo estado. Durante a Folia de Momo, muitas prisões foram efetuadas em flagrante e inquéritos instaurados.

Conforme os gráficos do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), em Alagoas as polícias registraram 22 homicídios em 2015, enquanto no ano passado foram 38. Em sete, dos 22 homicídios, houve auto de prisão em flagrante. Uma prisão relacionada a um crime ocorrido na Praça da Faculdade, com a apreensão de três armas de fogo; uma do assassino do taxista, vítima de latrocínio na Ponte Divaldo Suruagy, também responsável por um homicídio no Pontal da Barra; foi preso também o homem que matou a esposa em Viçosa; o autor de um assassinato em Campo Alegre, além do acusado de um crime no Village Campestre e outro homem foi preso em União dos Palmares.

Da sexta-feira (13) até o meio-dia da Quarta-feira de Cinzas, as polícias Civil, Militar e a Força Nacional também apreenderam 34 armas de fogo e foram feitas 92 prisões em flagrante por crimes diversos. Mediante as ocorrências, ao todo foram instaurados 100 inquéritos pela Polícia Civil.

O secretário da Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, lembra o apoio incondicional do governador Renan Filho no combate à violência desde o início da gestão e parabeniza as forças policiais pelo empenho durante os cinco dias.

“Temos desde o primeiro dia suporte indispensável do governo do Estado e isso nos motiva cada vez mais para o enfrentamento à criminalidade. Podemos considerar o resultado positivo, ressaltando que este foi o Carnaval mais tranquilo dos últimos quatro anos”, ressalta Gaspar de Mendonça.

Ainda segundo o secretário, “como afirmam as estatísticas, dois crimes tiveram ligação com os festejos e tenho que aplaudir o compromisso das forças policiais compostas pela Polícia Militar, as equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, além da Força Nacional, Perícia Oficial e Sistema Prisional porque nunca fugiremos do nosso propósito que é a integração”.

Sair da versão mobile