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A cultura popular em barro e telas

Karine Amorim- Secult

“A inspiração vem do coração e da mente. Vem de cenas que a gente vive, das casinhas do interior, do cortador de cana, das vaquejadas, da mulher que passa ferro. Minha inspiração vem da minha Terra. Eu me inspiro e tento fazer com beleza”. É com estas palavras que João das Alagoas fala da sua inspiração para esculpir as peças.

Passando do barro para as pinturas, surgem, no pincelar colorido de Ricardo Nascimento, guerreiros, o pastoril, capoeiristas e diversos animais. Natural de São Miguel dos Campos, mas com vida em Satuba, Ricardo substituiu as folhas de caderno e lápis em que costumava desenhar quando criança, por telas, pincéis e tintas.

 

É entre o barro e as telas que, no mês em que é comemorado o Folclore, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) expõe o trabalho de João das Alagoas, de seus discípulos e alunos, e do pintor Ricardo Nascimento. A mostra acontece no período de 8 agosto a 7 de setembro, no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), 

Os artistas

Do Munícipio de Capela, João das Alagoas é, hoje, Mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas. Amante da arte, foi incentivado a formar um grupo de escultores de barro, que, além dele próprio, atualmente é formado por Sil, Tita, Leonilson, Nena, Claudio e os filhos Gustavo e João Carlos. Na exposição, serão apresentadas esculturas do boi-bumbá, pé de caju, casamento matuto, miniaturas de santos e noivas com flores.

Ricardo Nascimento também tem a arte no coração. Neto de artesã, a criatividade e o talento parecem ser de família e, com simplicidade, ele se alegra em poder mostrar seu trabalho. “Esta é uma boa oportunidade. Estou feliz em poder pintar aqui no ateliê e em poder expor meus quadros”, afirma ele, que, no período que antecede a exposição, está utilizando o ateliê de restauração da Secult para pintar.

Sobre o conteúdo de suas telas, ele fala da opção em pintar imagens que representam a cultura popular de Alagoas. “Eu gosto de mostrar os guerreiros, o pastoril, os capoeiristas, os animais, de mostrar os elementos da cultura popular e de representar imagens que significam alguma coisa pra as pessoas”, diz Ricardo.

O Museu Palácio Floriano Peixoto está localizado na Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro, com visitação todas as terças, quartas (podendo funcionar até `s 21h com agendamento antecipado), quintas e sextas-feiras das 8 às 17h, e sábados, domingos e feriados, das 13 às 17h. A entrada é gratuita.

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