Repórter Nordeste

A cada 15 segundos, uma pessoa é vítima de tentativa de fraude no Brasil


Estadão

A cada 15 segundos, um brasileiro corre o risco de ter seus cartões de crédito clonados, seus talões de cheque falsificados ou que algum golpista tome empréstimos bancários em seu nome, entre outras tentativas de fraudes envolvendo o roubo de identidade.

Os dados são do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes, que contabiliza os golpes que envolvem tentativas de furtos de dados pessoais de consumidores para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica.

Elaborado a partir do cruzamento do total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na empresa, da estimativa do risco de fraude e do valor médio dos golpes efetivamente ocorridos, o número vem crescendo significativamente. Só entre janeiro e setembro deste ano, 1.565.028 tentativas de fraudes foram registradas, um crescimento de 5,9% na comparação com o mesmo período de 2011, e de 13,7%, em relação a 2010.

O setor de serviços responde por 36% do total de tentativas de fraudes neste ano. O segmento inclui seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral — como pacotes turísticos e salões de beleza. O setor de telefonia aparece em segundo lugar, com 33% dos registros entre janeiro e setembro. Um exemplo de golpe neste segmento é a compra de celulares com documentos falsos ou roubados. O ranking é completado pelos bancos e financeiras (18%), varejo (11%) e outros (2%).

— É comum, no dia a dia, apresentarmos nossos documentos a quem não conhecemos. Podemos mostrar, por exemplo, a carteira de identidade ou o CPF a funcionários de lojas e porteiros de condomínios. E há ainda os cadastros pela internet. Tudo isso torna difícil o controle sobre quem tem acesso aos nossos dados — afirma Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.

No entanto, há formas de o consumidor se prevenir, diz Loureiro. Uma delas é nunca deixar os documentos pessoais com um desconhecido. O cuidado deve ser maior no fim de ano, quando aumenta a busca por crédito e o movimento no comércio.

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