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A briga Prefeitura x Estado em torno de um deboche milionário e inútil

Para quê servirá o marco referencial do turismo, um nome inventado para dar ares de grandeza a um monumento ao deboche, ao escárnio com o dinheiro público?

Alguém poderia dizer: para ser a marca de Maceió ! O coreto (abandonado) no bairro de Jaraguá já simboliza isso. Aliás, Jaraguá inteiro- sem a imundície que ele virou- já é este símbolo.

O tal marco referencial começou como um delírio do então senador Benedito de Lira. E ficou combinado que os cofres públicos jogariam ao mar, literalmente, R$ 9,3 milhões porque nem os mais ricos donos de hoteis na capital, por mais excêntricos que sejam, gastam dinheiro assim, para nada.

O monumento ao deboche, no segundo Estado mais pobre do Brasil, está parado.

Quer dizer: virou a mais nova quebra de braço entre Governo e Prefeitura de Maceió.

Segundo o Gazetaweb, a Prefeitura notificou o Estado porque as obras do Alagoinhas estão sendo levadas adiante sem alvará.

O secretário de Infraestrutura, Maurício Quintella, respondeu nas redes sociais, mostrando ter o documento e acusando a Prefeitura de desorganização.

Dos dois lados existem interesses. O prefeito JHC se movimenta para ser candidato ao Governo (ou apoiando o senador Rodrigo Cunha).

E o governador Renan Filho apoia o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça, como seu sucessor e quer disputar o Senado.

A disputa política faz parte das regras do jogo (mesmo sendo vale-tudo).

Mas, por que os próprios empresários ou a própria classe política, tão interessada em buscar marcas para Maceió, não vai atrás de questões mais importantes, como os mendigos na porta da Assembleia Legislativa, do Palácio do Governo, da praça Dois Leões, em Jaraguá?

Essa civilização das redes sociais nos faz, algumas vezes, nos torna piores em desumanidade.

Pior: parece não haver buraco, indicando o fim desse túnel.

Que tempos!

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