Pesquisadores da Ufal avançam em pesquisas para atividade física adaptada‏

Assessoria

Uma parceria entre o curso de Educação Física da Universidade Federal de Alagoas e a Universidade de Coimbra (Portugal) vem rendendo bons frutos em termos de pesquisa e extensão voltadas para a inclusão de crianças com deficiência e transtorno do espectro do autismo. Os trabalhos em curso nessa cooperação internacional foram apresentados na última terça-feira (27) durante um Colóquio, realizado no auditório da Reitoria.

Professores de Educação Física das redes públicas, estudantes de Educação Física e pesquisadores da Ufal e da Universidade de Coimbra acompanharam a mesa-redonda composta pelos professores José Pedro Ferreira, pós-doutor da Universidade de Coimbra, em Portugal; Chrystiane Toscano, mestre em Educação Física da Ufal, realizando o doutoramento em Coimbra; Soraya Guimarães, mestre pela Ufal, também em doutoramento em Coimbra, e Neiza Fumes, doutora em Educação Física pela Universidade de Coimbra.

O professor José Pedro Ferreira, da Universidade de Coimbra, explica que há cinco anos, quando eles apresentaram a proposta de intercâmbio para a Ufal, buscavam novos desafios e campos de investigação. “É importante para a formação científica comparar diferentes realidades culturais e sócio-econômicas. Encontramos muita receptividade na Ufal e acreditamos estar colaborando com a formação de pesquisadores nas duas Universidades. Estamos encaminhando professores da Ufal para o doutoramento em Coimbra, mas esperamos que essa parceria continue, mesmo depois dos doutoramentos”, ressalta o pesquisador português.

A professora Neiza Fumes também destaca a importância da troca de conhecimentos e parcerias em pesquisas entre profissionais de Brasil e Portugal relacionadas a temática da atividade motora adaptada. “Esta é uma sub-área da Educação Física que trabalha com pessoas com deficiência, transtorno globais do desenvolvimento e altas habilidades. Na Ufal, temos o Grupo de Estudos e Extensão em Atividade Motora Adaptada [Geeama], desde 2012. A Ufal vai às escolas e contribui com a inclusão de crianças com deficiência intelectual e cegueira”, relata a professora.

Segundo a professora, que fez o doutorado em Coimbra, a relação da pesquisa com a extensão é fundamental para que os conhecimentos sejam compartilhados com a sociedade. “Se os espaços educacionais forem modificados, envolvendo todos os agentes, existe mais sucesso na inclusão dos alunos com deficiência. Para desenvolvermos atividades com mais eficiência, as pesquisas em parceria com Coimbra são muito importantes. Pretendemos estreitar essa relação científica”, garante a professora.

A professora Chrystiane Toscano também destaca a relevância científica e social da parceria com a Universidade de Coimbra. “Nós já desenvolvíamos um projeto de Extensão na Ufal atendendo crianças autistas, mas faltava essa possibilidade de aprofundar as pesquisas na área. Foi essa oportunidade que a Universidade de Coimbra nos ofereceu. O professor Ferreira vem com frequência ao Brasil, não só para acompanhar a apresentação de trabalhos científicos, mas também para visitar as famílias acompanhadas em nossos projetos. Atualmente, atendemos 105 crianças autistas e suas famílias. A comunidade é beneficiada e a Ufal cumpre o seu papel social”, conclui.

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