Durante oitiva de testemunhas sobre o caso da morte do advogado Marcos André Deus de Félix, assassinado ano passado em Marechal Deodoro, um dos indiciados no crime precisou ser retirado da sala, após ser advertido três vezes pelo juiz substituto da comarca da cidade, Ayrton Tenório.
Trata-se da dona da pousada Ecos do Mar, Janadaris Sfredo. Durante a oitiva, ela repetia que era inocente. A audiência aconteceu nesta quinta-feira (10), no fórum de Marechal Deodoro.
A audiência começou às nove da manhã e se estendeu até o meio da tarde.
Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público, Janadaris e o marido, Sergio Luiz Sfredo, seriam os autores intelectuais do crime.
O crime ocorreu no dia 14 de março deste ano, na praia do Francês, em Marechal Deodoro. O advogado foi morto a tiros e morreu dias depois no Hospital Universitário.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Janadaris e Sergio Luiz Sfredo seriam os autores intelectuais do crime, encomendando a morte do advogado a Álvaro Douglas dos Santos, Juarez Tenorio da Silva Júnior e Elivaldo Francisco da Silva, por R$ 2 mil.
Segundo o MP, o crime aconteceu por desentendimentos entre o casal e a vítima, resultado de uma disputa judicial referente à ação de despejo da Pousada Lua Cheia.
Marcos era o advogado dos proprietários do imóvel e Janadaris representava os interesses dos inquilinos, que perderam a causa.
Posteriormente, o casal passou a administrar a Pousada Ecos do Mar e foi morar vizinho à vítima. O advogado, diz o MP, tornou-se alvo de provocações e perseguições.
Maria Flávia dos Santos, camareira da pousada Ecos do Mar, de propriedade do casal indiciado, também é acusada por participação no crime.
