O Congresso Nacional virou resultado do próprio silêncio.
Como deixou de legislar, o Judiciário assumiu a tarefa.
Daí vieram os atuais escândalos. E o Congresso travou a necessária reforma politica.
Daí o Judiciário tomou as rédeas. E está nas mãos do Judiciário os destinos do país.
E daí?
Daí que o mesmo Congresso se divide entre prioridades diferentes.
O Senado de Renan Calheiros tenta travar a pauta do impeachment, que está nas mãos de Eduardo Cunha.
E o Congresso- de novo- será um dos alvos do protesto do dia 16 de agosto.
Renan Calheiros tenta levar adiante a reforma politica e o pacto federativo, mas como em meio a um país que está no limite, com cortes na educação e na saúde?
A cobrança tem que ser maior.
Secretários de saúde alagoanos estão em Brasília pedindo socorro. As cidades não aguentam a divisão desigual do bolo federal.
Um bolo amargo, diga-se de passagem.
Pressionado, o Congresso joga a pressão para o Palácio do Planalto que devolve a fatura distribuindo emendas e cargos.
Um modelo falido e até agora sem chance de mudança.
E como não há espaços, o Judiciário vai tomando o papel do Congresso.
E no silêncio dele- do Congresso- o caos é apenas mais um estágio da crise.