Repórter Econômico: Seguindo o orçamento

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Seguindo o orçamento
Já estamos no segundo semestre do ano, constatando o aumento constante de preços não somente de alimentos como de serviços, o que prenuncia um ano de mais aperto financeiro e a inflação beirando os dois dígitos anuais, o que nunca havia ocorrido no Plano Real. O orçamento doméstico que vem sendo seguido desde janeiro, deve continuar até dezembro, cortando gastos e procurando evitar empréstimos e prestações de longo prazo, além do uso exagerado do cartão de crédito e cheque especial. Os juros vão continuar subindo, como arma que o governo adotado para reduzir o consumo.

Mas tudo leva a crer que o consumidor já está consciente de que deve economizar ao máximo, principalmente pagando suas contas em dia, evitando as compras por impulso e pesquisando preços, só comprando mesmo o que é mais barato, trocando de marcas, além de eliminar os supérfluos, sobrevivendo de acordo com o que ganha. A classe média sempre foi, continua sendo e sempre será a mais sacrificada, exatamente porque tenta acompanhar a rica, acumulando dívidas, podendo chegar ao fundo do poço, virando pobre.

Negociando
Os endividados, devem sempre procurar seus credores e negociar o débito, jamais deixando de pagar simplesmente porque não pode. Isso não é desculpe e nenhum credor aceita perder tudo que emprestou, seja pessoa jurídica ou física (empresas e agiotas). A negociação é o caminho mais correto. Pode até conseguir redução ou isenção de juros e multas. Mas deve pagar. Caso contrário, perde credibilidade no mercado, não podendo mais comprar a crédito e tomar empréstimo.

Despesas fixas
São aquelas que não se pode eixar de pagar, como energia, água, telefone. Se atrasar, tem o serviço cortado e o nome incluído na lista negra do SPC/Serasa. Mas também deve pagar em dia, a taxa de condomínio, o aluguel, a prestação do carro, a mensalidade escolar, o plano de saúde e demais compromissos. Cartão de crédito parcelado, nem pensar, principalmente usar para comprar alimentos e não pagar o valor total da fatura.

Poupança
Por mais sacrifício que se encontre, o consumidor deve reservar pelo menos 10% de sua renda, para formar uma reserva financeira, a ser usada em alguma emergência. Esse dinheiro deve ser depositado numa caderneta de poupança, que rende juros e a inflação anual.Pode parecer pouco, mas é melhor do que deixar o dinheiro guardado em casa.

Importados
Evite produtos importados que estão sempre mais caros do que os similares nacionais, já que são adquiridos em dólar, hoje valendo três vezes mais que o real. Assim, quem gosta de vinho,por exemplo, prefira os produzidos na Serra gaúcha ou no vale do São Francisco, saborosos e baratos. Deixe os portugueses, alemães ou franceses para os milionários.

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