Renan Calheiros briga por estatal de R$ 1,6 bilhão

A Transpetro é ligada ao Ministério das Minas e Energia. Comanda, por exemplo, todos os projetos de estaleiro no Brasil. A construção de barcaças e empurradores na hidrovia Tietê, no Paraná? É de responsabilidade da Transpetro. A manutenção dos dutos que transportam o petróleo brasileiro entre os estados? Passa pela Transpetro

A crise entre PT e PMDB- que inclui dois personagens: o vice-presidente Michel Temer e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros- mostra o viço financeiro de uma das estatais mais poderosas, pouco conhecidas e com orçamento bilionário: a Petrobrás Transporte (Transpetro), hoje controlada por Calheiros.

A Transpetro é ligada ao Ministério das Minas e Energia. Comanda, por exemplo, todos os projetos de estaleiro no Brasil. A construção de barcaças e empurradores na hidrovia Tietê, no Paraná? É de responsabilidade da Transpetro. A manutenção dos dutos que transportam o petróleo brasileiro entre os estados? Passa pela Transpetro.

A Petrobrás Transporte tem orçamento, para este ano, de R$ 1,6 bilhão (exatos R$ 1.649.778.000).

Como tem controle sobre os estaleiros- incluindo o Eisa S.A, o terceiro maior do mundo, projetado para a praia de Coruripe, em Alagoas. Para a aquisição de navios, destes estaleiros, a Transpetro vai gastar, este ano, R$ 1,1 bilhão (R$ 1.135.358.000).

A estatal é um dos focos de reinvindicação do PMDB- mais especificamente Renan Calheiros, que controla a Transpetro mas tenta manter a “cabeça” da Petrobrás Transporte: a presidência.

Na terça-feira, 6, os pemedebistas “rebeldes” entregou, a Temer, uma lista de exigência- em resumo, o poder nas estatais mais ricas.

O Governo Dilma Rousseff sentiu o tamanho do facão no garganta: na quarta-feira, 7, o Senado rejeitou a indicação de Bernardo Figueiro- nome de confiança de Dilma- para a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No mesmo dia, o Planalto teve de adiar a votação do Código Florestal, por causa dos rebeldes pemedebistas.

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