Na Paraíba, PT prioriza Natal e Mossoró

Dentre as capitais, o PT está de olho, além de manter as atuais, em conquistar Porto Alegre, Salvador e São Paulo

Tribuna do Norte

O Partido dos Trabalhadores deverá ter candidatura própria nos municípios com mais de 150 mil eleitores. A decisão, tomada ontem em Brasília, no embalo das comemorações dos 32 anos do PT, tem como objetivo aprofundar sua participação nas médias e grandes cidades brasileiras e também capitais, mesmo que para alcançar o objetivo o partido tenha que fazer acordos políticos com o PSD, de Gilberto Kassab. “A orientação é fazermos a cabeça de chapa nessas cidades”, afirmou o secretário de Relações Institucionais do partido, Geraldo Magela. Em princípio, o PT buscará o maior leque de alianças para cumprir esse objetivo.

Dentre as capitais, o PT está de olho, além de manter as atuais, em conquistar Porto Alegre, Salvador e São Paulo. O partido também trabalha para aumentar sua presença no interior em Estados em que, estrategicamente, compense renunciar a uma candidatura na capital.

Um caso ilustrativo é Belo Horizonte. Lá o partido deve apoiar a reeleição do socialista Márcio Lacerda. Mas espera contar com apoio para, por exemplo, fazer do deputado federal Gilmar Machado, atual vice-líder do governo no Congresso, prefeito de Uberlândia, cidade do triângulo mineiro e segundo maior colégio eleitorado do Estado, com mais de 420 mil eleitores.

Na Bahia, o PT pretende crescer com a ajuda do PSD em cima do “carlismo”, do DEM, e do PMDB, do cacique Geddel Vieira Lima. Em 2008, a legenda elegeu 69 prefeitos, mas agora já conta com 81. A meta para outubro é eleger pelo menos cem prefeitos. Uma articulação operada pelo vice-governador baiano, Otto Alencar, cacique do PSD no Estado, reduziu ainda mais as duas legendas.

Se a decisão do diretório nacional for levada em conta no Rio Grande do Norte, o PT lançará as candidaturas de Fernando Mineiro em Natal e do reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), professor Josivan Barbosa de Menezes, em Mossoró. A confirmação de Josivan dependia apenas do aval da corrente “Movimento PT”, liderada no Rio Grande do Norte pela deputada federal Fátima Bezerra, e em Mossoró pela professora Socorro Batista. A decisão foi tomada ontem, mas o resultado não foi anunciado. O Jornal de Fato tentou conversar com Socorro Batista durante toda à tarde, bem como com Fátima Bezerra e o presidente local do PT, Valdomiro Morais. Mas eles não atenderam às ligações.

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