Duas famílias estão em luta- e em luto- por Justiça. A da estudante de Contabilidade, Bárbara Regina, não tem informações sobre o paradeiro dela, que sumiu da porta de uma boate no bairro de Ponta Verde , na madrugada de 1 de setembro do ano passado.
Já a família do vereador Luiz Ferreira, de Anadia- executado a tiros no dia 3 de setembro de 2011- embala a ausência e a indignação pela fúria do crime. Médico, Luiz Ferreira foi assassinado instantes após declarar em uma rádio na cidade de Maribondo que disputaria as eleições em Anadia. Segundo as investigações, ele foi morto a mando da então prefeita, Sâmia Tereza (PT), presa pelo crime.
Bárbara Regina virou um caso emblemático, desafiando todas as instituições em Alagoas- em especial à Policia Civil. Pressionada, a PC apelou: uma testemunha viciada em crack disse que Bárbara era garota de programa e tinha dívidas de programas sexuais através de sua agenciadora: Vanessa Ingrid, acusada (e presa) em pelo menos dois assassinatos. A versão foi desfeita pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual.
A peça-chave deste caso: Otávio Cardoso. Ele teria matado a estudante, após sair com ela da boate na Ponta Verde. Nunca foi encontrado- apesar da família receber informações que ele circula livremente nas ruas da capital.
Os dois crimes- de datas tão próximas- mostram a Alagoas do carimbo da impunidade. Um Don Corleone põe suas mãos sob a apuração dos tantos assassinatos na terra que mais mata no Brasil. Os criminosos comemoram.
