Vilela foi avisado de fraude milionária e determinou 'rigor' nas investigações

Os avisos sobre o desenrolar das investigações foram dados pelo chefe do Ministério Público, Eduardo Tavares, e o próprio secretário da Fazenda, Maurício Toledo

A fraude milionária, no setor de licitações da Secretaria de Defesa Social, era conhecida pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) que determinou, ele próprio, apoio logístico para a desarticulação do esquema- incluindo o reforço de carros, na Secretaria da Fazenda.

Os avisos sobre o desenrolar das investigações foram dados pelo chefe do Ministério Público, Eduardo Tavares, e o próprio secretário da Fazenda, Maurício Toledo.

O esquema, pelas primeiras contas do Ministério Público, se arrasta há mais cinco anos. A “fatia” investigada neste momento se refere aos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. O ano de 2011 ainda está sendo analisado- e por ele se percebe que o esquema supera, e muito, os R$ 300 milhões, apurados até o início desta manhã.

O que está descartado pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público? Segundo se apurou, o governador não integra o esquema- muito menos o secretário de Defesa Social, coronel Dário César, que também sabia da trama e recebeu ordens do chefe do Executivo de agir “com dureza” no fim da fraude.

Funcionários públicos “com certeza” estão na fraude- e ocupam cargos estratégicos na área de licitações.

“Era um negócio monstruoso e um esquema grosseiro, da velha guarda”, disse o promotor Luiz Tenório.

E funcionava a partir de empresas fantasmas, que ganhavam uma licitação de R$ 5 milhões mas vendiam R$ 1 milhão, para a Secretaria de Defesa Social, em alimentos.

“Não havia um líder no esquema. Havia uma prática, é o que sabemos”, disse o promotor Luiz Tenório.

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