Após reunião na noite de quarta-feira, o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) e o prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT) decidiram manter o valor de R$ 2,70 para a passagem de ônibus na região metropolitana. O aumento para R$ 3, que chegou a vigorar desde o dia 22 de maio, foi suspenso no último dia 10 de junho, por força de liminar da Justiça. No último dia 17, a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) havia revisto o valor para R$ 2,85, e aguardava autorização judicial para aplicar esta nova tarifa.
Em nota enviada a imprensa, o governo e a prefeitura admitem que “a decisão ocorre em virtude da ampla manifestação de caráter democrático, em todo o País, por um transporte de qualidade e de valor acessível”. O comunicado ainda informa que “a prefeitura de Goiânia e o governo do Estado de Goiás estão convictos de que um pacto entre União, governos estaduais e prefeituras criará mecanismos que garantirão recursos para custeio dessa tarifa”.
Apesar disso, na página dos organizadores do protesto previsto para hoje em Goiânia no Facebook, mais de 71 mil confirmações de presença já haviam sido contabilizadas até o início da manhã desta quinta-feira. O movimento deve receber adesão de outras bandeiras de luta, como a contra a corrupção. Na capital goiana, o protesto – que será o sexto do tipo – terá concentração a partir das 17h na praça do Bandeirante, no centro da cidade. O trajeto completo da passeata, porém, ainda não foi divulgado.
A Polícia Militar vai acompanhar o protesto com cerca de 4 mil homens, orientados para manter a manifestação dentro dos parâmetros pacíficos, mas pode usar bala de borracha e gás lacrimogêneo nos possíveis excessos. A imprensa credenciada para cobrir a passeata está recebendo da polícia coletes refletivos, que vão servir para identificar jornalistas e fotógrafos no meio da multidão. O comércio, principalmente o localizado nas redondezas da manifestação, foi orientado pelo Clube dos Dirigentes Lojistas (CDL) a fechar as portas a partir das 15h.
Fonte: Terra
