MPF acusa João Lyra de crime ambiental; ação está no Supremo

A ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, assumiu a relatoria da mais nova ação contra o deputado federal João Lyra (PSD). O parlamentar é acusado de crime ambiental pelo Ministério Pùblico Federal. Segundo o MPF, Lyra autorizou a extração irregular de areia e cascalho da Fazenda Folha Larga, na cidade de Junqueiro.

O caso não tem data para chegar ao plenário do STF. O crime pode dar um ano de cadeia ao deputado, que também é empresário.

Em março do ano passado, o STF aceitou denúncia contra Lyra. Investigações do MPF mostraram que ele submeteu à condição análoga de escravo, 56 dos 3.300 trabalhadores na lavoura de cana de açúcar na cidade de União dos Palmares. Eles tinham jornada de trabalho acima de 12 horas por dia, sem descanso aos domingos e sem uso de equipamentos de segurança.

Inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego constatou ainda que os empregados eram mantidos em condições desumanas, com alojamentos precários, sem ventilação e banheiros, além de matarem a sede com gelo de água não filtrada.

Lyra enfrenta, ainda, a falência de suas empresas. Elas acumulam uma dívida de quase R$ 2 bilhões.

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