Repórter Econômico- A vez do feijão!

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

A vez do feijão!

Depois do tomate, agora é ele, o nosso prato típico, que vai dobrar de preço. Como sempre é o “fator climático”, o culpado de tudo. Mas sabemos que a ganância predomina em meio aos produtores, atravessadores e vendedores, atingindo em cheio os consumidores. E mais: esse aumento puxa outros, já que o feijão é essencial na mesa da imensa maioria da população brasileira. O preço da saca do produto subiu 25,85% em apenas na segunda semana de abril. E isso já começa a ser notado nos pontos de venda

O Paraná é o maior produtor de feijão do país. E foi lá na fonte produtora que ocorreu o aumento, com a saca de 30 quilos passando de R$ 122,89 para R$ 154,66. Imagine quando esse produto chega aqui em Alagoas,passando por vários atravessadores? O problema é que o feijão é um disseminador de inflação, puxando para cima o preço de outros produtos que precisam dele na alimentação, como arroz, farinha, macarrão.

Lado de cá
Aqui em Alagoas, a região de maior produção do feijão é o Sertão. E claro que não tivemos safra, devido a longa estiagem. Mas já vem chovendo na região, além do Agreste e zona da Mata, onde também o produto é cultivado. A época de plantio pode começar já, e ´depois do cultivo e colheita, chega a mesa do consumidor, obviamente com um preço menor.

Inflação
Esse sobe e desce de produtos alimentícios, atinge as pessoas comuns e não adianta o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central alegarem pela Imprensa, que tudo vai ser controlado. Elas não ouvem, sentem apenas no bolso os efeitos dos erros do governo, já que nesse caso do feijão, não foi fato climático e sim erro de não ter condições de estabelecer um preço mínimo no ano passado.

Efeito dominó
Assim como aconteceu com o tomate, agora teremos a mesma situação: os comerciantes aumentam os preços dos demais produtos, alegando que seu custo subiu. Isso ocorre na feira livre, no mercadinho, supermercado, restaurante, etc. Assim, não fica só no feijão, que representa apenas 0,43% no IPCA ([Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). Ele atinge toda a refeição dentro e fora de casa.

O quê fazer?
A dica de sempre: pesquisar os preços em vários locais, até encontrar um valor menor ou mesmo substituir por outro alimento. No caso do feijão, um que contenha ferro: várias folhas e legumes. O tomate que chegou a custar até mais de R$ 10,00 o quilo até poucos dias, já vem sendo vendido por R$ 2,50. É só esperar a “ganância” acabar, se disciplinando e mudando seus hábitos alimentares temporariamente.

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