Justiça Federal condena quadrilha que usava idosas e crentes para traficar drogas em fraldas geriátricas

Zero Hora

A Justiça Federal condenou oito integrantes de uma quadrilha que realizava tráfico internacional de drogas. No entanto, com um peculiaridade: usava idosas e crentes para trazer do Paraguai cocaína e maconha em fraldas geriátricas. O grupo foi desarticulado em duas ações no ano de 2011 pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc). O julgamento ocorreu em Lajeado, já que a maior parte da droga era destinada para o Vale do Taquari. As condenações do juiz federal Rafael Wolff aos traficantes variam de quatro a 13 anos de prisão. Duas mulheres que haviam sido denunciadas pelo Ministério Público Federal foram absolvidas.

A quadrilha agia pelo menos desde o ano de 2009 e tinha sede em Estrela com integrantes também em Lajeado. A droga vinha em ônibus de Ciudad del Este e de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, passava por Mundo Novo e Ponta Porã, ambas no Mato Grosso do Sul, até as rodoviárias das duas cidades do Vale do Taquari. As idosas e crentes, as chamadas “mulas”, traziam os entorpecentes (entre meio quilo e 5 kg de maconha) escondidos em fraldas geriátricas.

O grupo foi desarticulado em duas ações distintas do Denarc em 2011: Bigfral e Tapajós, quando foram apreendidas grande quantidade de maconha e cocaína, armas, munição e carros da quadrilha. Os traficantes agiam em dez cidades de quatro Estados do país (Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo). As investigações ocorreram nas cidades de Estrela, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Porto Alegre, Dourados (MS), Mundo Novo (MS), Ponta Porã (MS), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

.