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Heloísa e Vilela podem enterrar futuro político de Collor

Mudar a estratégia para continuar no Senado não tem oferecido vantagens a Fernando Collor, que não tem herdeiros políticos, não transfere votos e seu grupo acumula derrotas nas urnas da capital- principal colégio eleitoral do Estado.

Na Gazeta de Alagoas, Collor tem investido nas críticas ao governador Teotonio Vilela Filho. Na relação com a imprensa, contratou o jornalista Joaldo Cavalcante. Mantem os contatos com o ex-prefeito Cícero Almeida, talvez por acreditar que ele oferece votos em alguma circunstância.

Almeida não elegeu o filho nem a irmã a cargos eletivos. O primo dele, Néry, só chegou à Câmara por comprar votos. O sobrenome famoso é apenas famoso. Não oferece lucro eleitoral.

Se a vereadora Heloísa Helena entrar na disputa ao Senado, a situação eleitoral de Collor piora. Nem o Ministério Público Estadual nem o Tribunal de Justiça importunam Vilela; e o voto a Heloísa pode ser o anti-Collor, uma estratégia que funciona bem ao Executivo.

E Collor não ganha uma eleição ao Executivo desde 2002.

O senador pode salvar seu destino político se disputar o Governo. Em 2014, além do prefeito Rui Palmeira, não há aliados com força eleitoral para vencer Collor.

A pergunta é: Collor deixaria a Casa dos Horrores para chefiar o terceiro estado mais pobre do Brasil?

Se perder as eleições, Collor será o segundo cacique eleitoral enterrado por Vilela; o outro foi Ronaldo Lessa.

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