Três presos disputam uma vaga no sistema prisional de Alagoas

O sistema penitenciário alagoano é considerado um dos piores do Brasil, na quantidade de vagas. A população carcerária é quase o triplo das vagas do sistema. São 4.333 presos distribuídos em 1.526 vagas. Quase três presos para uma vaga (exatos 2,83 presos/vaga).

Os dados constam no censo penitenciário, do Ministério da Justiça, fechados em junho deste ano.

Segundo o MJ, Alagoas tem sete estabelecimentos penais: quatro penitenciárias, uma colônia agrícola, uma cadeia pública, um hospital de custódia. Além de 1.739 servidores, a maioria (951) agentes penitenciários e apenas dois professores.

Essa diferença de funcionários é percebida no perfil do preso alagoano: 1.584 deles possum o ensino fundamental incompleto. Apenas três deles têm o ensino superior completo. 890 presos são analfabetos. 450 sabem apenas ler ou escrever o próprio nome.

O Governo alagoano tem um plano de construção- em execução- para 789 vagas em uma unidade prisional na cidade de Craíbas.

O sistema penitenciário do país atingiu neste ano um deficit de 240 mil vagas, o que representa 78% de presos a mais do que a capacidade.

Ao todo, o Brasil mantém quase 550 mil presos em unidades como penitenciárias, cadeias provisórias, colônias penais e delegacias. O número aumentou 7% de junho de 2011 a junho de 2012. Mas o de vagas subiu só 1,4%.

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