Onde está a covardia na gravação (clandestina) na troca de anuidades por votos na OAB de Alagoas?
A covardia está com quem gravou? Ou quem falou?
Ou será “corajoso” quem diz que, no passado, a troca de anuidades por votos acontecia, mas não teve a “sorte” de ser flagrado?
São 15 anos de irregularidades, constatadas pelo procurador de Estado, Márcio Guedes. Tratado como desequilibrado, Guedes é descartado pelos “corajosos” e “covardes”.
Não é herói. Teve a obrigação de fazê-lo. E tem a obrigação de continuar denunciando. Dai a diferença.
Diferente de quem transforma a eleição da OAB de Alagoas em uma guerra dos “malditos” ou “bondosos”.
Maior que o (intencional) discurso do maniqueísmo- bastante interessante aos financiadores da campanha, que não mostram o rosto- a gravação em que aparecem Omar Coêlho e Rachel Cabús não “engradece” ou “diminui” a OAB de Alagoas.
O nível é o mesmo, conforme as últimas semanas da campanha vêm mostrando.
E o pedido para apurar a questão não é ato de heroísmo. É obrigação. Tanto de quem denuncia quanto quem é denunciado.
Azar do lugar que transforma obrigações morais em gestos de grandeza.