Ataque contra adolescente que defende educação feminina revolta Paquistão

AFP

Autoridades e personalidades do Paquistão saíram nesta terça-feira em defesa de Malala Yousafza, estudante de 14 anos baleada pelo Talebã por fazer campanha pela educação de meninas no país.

Malala, que chegou a ser indicada a um prêmio internacional por sua campanha, foi baleada na cabeça e no pescoço quando ia da escola para casa, também nesta terça-feira.

O crime ocorreu na região do Vale do Swat, parte ultraconservadora do país. A menina está internada e pode precisar ser transferida para ser tratada no exterior.

A estudante escrevia regularmente um diário para o Serviço Urdu da BBC enquanto o Talebã controlava a região de Swat três anos atrás e a educação de meninas era proibida.

O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse que o ataque contra Malala não afetará a luta do país contra os militantes islâmicos e em favor da educação feminina.

O crime foi criticado também pela maioria dos partidos políticos paquistaneses, celebridades de TV e grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.

Um porta-voz do Talebã confirmou que o grupo é responsável pelo ataque a Malala, sob a justificativa de que a menina é “anti-Talebã e secular e não poderia ser poupada”.

.