Aumento do imposto sobre a cerveja elevará o preço menos que o previsto, em 2,15%

Agência O Globo

O governo adiou e reduziu o aumento da carga tributária para as cervejas. O impacto de 2,85% nos preços da bebida, que entraria em vigor a partir de 1º de outubro deste ano, passará a ser de 2,15%. Uma nova rodada de elevação será em abril, com impacto de 0,2 sobre os preços finais, totalizando um aumento de 2,35% para consumidor. Com as mudanças, o governo federal abrirá mão de uma arrecadação de R$ 76,3 milhões em 2012 e outros R$ 401,1 milhões em 2013.

Embora tenha aliviado a carga sobre a cerveja, o governo manteve o formato de tributação para outros produtos (refrigerante, isotônico, águas e energéticos), que terão um reajuste médio de 2,85% a partir de outubro.

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, explicou que o reajuste de 25% na base de cálculo sobre a qual incidem os tributos do setor (PIS, Cofins e IPI), que seria feito ao longo de quatro anos, será aplicado em um prazo maior, ao longo de seis anos. Além disso, o primeiro aumento ocorrerá em abril do ano que vem.

“O governo fez compromissos com setor industrial para que essa medida fosse implementada, contextualizando isso no plano Brasil Maior. Foram compromissos com a indústria para que ela faça mais investimentos em novas plantas, aumente a capacidade produtiva do setor, renove a frota de caminhões”, explicou.

O secretário disse, no entanto, que espera que as fábricas sejam capazes de absorver esses reajustes, sem necessariamente repassá-los ao consumidor.

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