Capitão acusado em crimes dispara 18 vezes em casa de nora de delegado

Afastado da corporação e sem porte de arma, o capitão da Polícia Militar Antônio Marcos da Rocha Lima (o capitão Rocha Lima)- lotado na Assembleia Legislativa- foi preso na madrugada desta quinta-feira (23) após 18 disparos de arma de fogo no portão da casa de Daniela Cristine da Fonseca Omena, nora do delegado da Polícia Civil Angélico Farias de Mello.

O capitão foi detido na Serraria, por porte ilegal de arma de fogo.

Na versão de Daniela, ela estava casa dela,  no Povoado de Barra Nova, em Marechal Deodoro, quando ele chegou fazendo disparos. Logo após deixou o local, em um Citroen C4 Pallas, cor prata e placa MUX-9911.

Após ser preso, ele estava com uma pistola Taurus calibre .380, com capacidade para 19 munições, das quais 11 estavam intactas.

Esta não é a primeira vez em que Rocha Lima é acusado de envolvimento em atos ilícitos. Ele já foi alvo, inclusive, de processo de expulsão da Polícia Militar, mas acabou mantido na corporação por decisão judicial.

Rocha Lima foi promovido ao gabinete do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em fevereiro do ano passado, despromovido e, agora, está na Assembleia Legislativa, a pedido do deputado Dudu Holanda (PSD). Na assembleia rondam outros militares suspeitos de crimes como formação de quadrilha.

Em 29 de dezembro, o então comandante da PM e atual secretário de Defesa Social, coronel Dário César, pediu a expulsão de Rocha Lima da corporação, alegando que, diante de sua ficha criminal, ele era “indigno e incompatível ao oficialato”. O capitão foi alvo de 20 procedimentos administrativos – de desordem em local público a estupro, passando por associação ao tráfico e extorsão. A última prisão foi por formação de quadrilha, determinada pela 17ª Vara, especializada em crime organizado.

.