Por desvio na Assembleia, Cícero Almeida, Antônio Albuquerque e mais 15 têm bens bloqueados pela Justiça

Todos são acusados de liderar uma organização criminosa (ORCRIM) que desviou R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa, entre os anos de 2002 e 2007

reporternordeste.com.br

Por determinação da Justiça, o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PT do B), o prefeito de Maceió, Cícero Almeida e o conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas, Cícero Amélio e mais 14 deputados e ex-deputados tiveram os bens bloqueados. A decisão é do juiz da 18ª Vara Cível da Capital, André Guasti Motta.

Todos são acusados de liderar uma organização criminosa (ORCRIM) que desviou R$ 300 milhões da folha de pagamento da Assembleia Legislativa, entre os anos de 2002 e 2007. O esquema foi descoberto em 2007, pela Polícia Federal, que estourou a Operação Taturana.

Em agosto, o procurador Geral de Justiça, Eduardo Tavares Mendes, denunciou os integrantes da ORCRIM por enriquecimento ilícito, com apropriação de recursos públicos- através de empréstimos ilegais, com ajuda de fantasmas, através do Banco Rural, pagos com recursos da Assembleia, que era avalista dos empréstimos.

O dinheiro- segundo a PF- pagou mansões, carros importados de luxo, além de ter comprado votos para a eleição de alguns parlamentares.

Além do prefeito de Maceió, do vice-presidente da Assembleia e do conselheiro do TC, tiveram os bens bloqueados os deputados Nelito Gomes de Barros (PSDB)- filho do ex-governador Manoel Gomes de Barros; Dudu Albuquerque (PT do B); João Beltrão (PRTB), Isnaldo Bulhões Júnior (PDT)- filho do ex-presidente do Tribunal de Contas, Isnaldo Bulhões; Cícero Ferro (PMN).

Na lista também aparece o deputado federal Arthur Lira (PP/AL), filho do senador Benedito de Lira (PP/AL).
Os ex-deputados que tiveram os bens bloqueados são: Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, Maria José Viana, Celso Luiz, Gilberto Gonçalves, Alves Correia, Adalberto Cavalcante e Gervásio Raimundo.

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