Apesar da falta de material, IML, IC e perícia negam crise

Órgãos chamam de infundadas levantadas por MP e Associação de Peritos

Odilon Rios
reporternordeste.com.br

Em nota encaminhada à redação do reporternordeste.com.br, a direção Geral da Perícia Oficial de Alagoas (POAL), do Instituto de Criminalística Perito Dely Ferreira da Silva (IC) e do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML-Maceió) chamaram de “infudadas” as denúncias, levantadas pelo Ministério Pùblico Estadual- em relatório encaminhado a Justiça no mês de janeiro- e a Associação dos Peritos de Alagoas- sobre as condições de trabalho dos peritos, a interdição do prédio-sede do IML, em Maceió, pela Vigilância Sanitária- que consta em relatório do MP.

Em Alagoas, peritos sem luvas, laudos com data errada e IML ‘dando choque’

“Não existe crise na Perícia Oficial de Alagoas, todos os órgãos estão funcionando a pleno vapor”, disse a nota- continuando “o IML não foi interditado pela Vigilância Sanitária”;

“O aparelho de raios-X, um problema antigo, está sendo licitado pelo atual Governo do Estado”;

“em caso de laudos apresentando erro por data, nome trocado, falta de dados, ou qualquer outro tipo de informação incorreta, o procedimento é dá entrada em requerimento junto ao IML, ou no protocolo da Perícia Oficial solicitando a correção do laudo que só deverá ser assinado pelo médico legista, responsável pelo exame cadavérico, cujo prazo para entrega é de 20 dias”;

“a informação de que o IML joga na rua os restos mortais, também não procede. A Perícia Oficial contratou via licitação, há mais de um ano, a empresa Serquip, especializada em lixo hospitalar, que realiza o serviço de coleta, transporte, tratamento e incineração do lixo produzido pelo IML”;

“a administração do IML de Maceió, nega que as paredes do prédio-sede estejam dando choque por causa das instalações elétricas velhas”, disse.

Lembrando que os problemas negados acima foram constatados pelo próprio MPE.

Os três órgãos também negaram negligência na apuração do assassinato do comerciante Mario Augusto da Silva Guimarães Neto, ocorrido em 01 de setembro.

A família disse que os peritos chegaram a pegar as balas, disparadas contra o comerciante, com as mãos.

“Em relação ao crime citado na matéria, homicídio que teve como vítima o Senhor Mario Augusto da Silva Guimarães Neto, no dia 01/09/2011, ocorrido no bairro do Jacintinho.

– O Perito responsável pelo caso observou em seu relatório, o qual se encontra a disposição para quem queira ver, que durante o exame de perícia local, policiais do BPE solicitaram que o perito criminal recebesse cinco estojos recolhidos por “populares/familiares” da vítima e que fora negado de imediato;

– Na oportunidade os policiais foram orientados a enviar os componentes de munição, via ofício, visto que perito algum recebe material entregue por terceiros, que não tenha sido constatado por ele (perito) no local do crime, porque isso prejudica toda a dinâmica do evento, pois indica que o local não foi preservado como deveria até a chegada da equipe do IC;

– No mesmo relatório consta que os estojos (cápsulas) foram admitidos pelos policiais civis do 13º DP de Paripueira (plantonistas) para que fossem enviados pela autoridade policial competente daquele distrito policial para o IC;

– Que no dia do crime, o perito recolheu com luvas, identificou, e armazenou corretamente 01 projétil de arma de fogo; 02 jaquetas de projéteis de arma de fogo; 01 fragmento de jaqueta de projétil de arma de fogo que foram encaminhados para o departamento de balística responsável pela análise do material”, explica a nota.

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