Odilon Rios
reporternordeste.com.br
A prefeita de Anadia, Sânia Tereza (PT), o marido dela, Alexsander Leal, e um policial militar foram presos, na manhã desta segunda-feira, acusados de matar o vice presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Ferreira. Ele foi morto com 11 tiros, horas depois de lançar, em uma rádio na cidade de Maribondo, sua candidatura a prefeito de Anadia.
A prefeita foi presa por determinação do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Costa.
Na linha de investigação adotada pela PC, o vereador foi assassinado porque seria o voto de Minerva, em um pedido de cassação da prefeita, na Câmara. O placar estava quatro a quatro.
A prefeita seria cassada porque responde por uma série de irregularidades- além de ter usado R$ 8 milhões a mais dos cofres públicos, sem autorização da Câmara.
A cassação dependia da mudança de regimento da Câmara. A primeira votação aconteceria em 1 de agosto. E não aconteceu porque misteriosamente faltou luz, disse o presidente municipal do PPS de Anadia, Dimas Almeida. A votação foi transferida para o dia 8, mas Luiz Ferreira foi assassinado antes.
O carro onde estava o vereador- atingido pelos tiros- estava em ponto morto, com o freio de mão ligado e em posição de estacionamento na estrada- indicando que ele parou o carro para ajudar alguém ou por conhecer a pessoa.
Além disso, o marido da prefeita e o filho dela se envolveram em uma agressão física a um médico, no hospital de Anadia. Ele teria se recusado a atender um afilhado eleitoral de Alexsander Leal.
Na semana passada, o PPS nacional enviou a Alagoas o deputado federal Rubens Bueno (PPS/PR) para acompanhar as investigações do assassinato. O presidente do PPS em Alagoas, Régis Cavalcante, disse que o crime foi político- mas evitou dar nomes.
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