Após a decisão de João Caldas de injetar mais um candidato à Prefeitura de Maceió -Rony Camelinho- projetando um segundo turno, a presença de Lula no palanque de Rafael Brito se tornou ponto fundamental.
É poderosa a imagem do presidente da República, ainda mais quando falamos de Lula, em franca recuperação nas pesquisas por causa da melhoria na economia, além dele ser hoje o principal cabo eleitoral no Nordeste.
Lula funciona neste momento como um guincho: Brito, pouco conhecido, tende a ganhar visibilidade entre os eleitores do presidente, com a promessa de associar seu provável mandato como prefeito a uma melhoria nas condições da cidade. Além de soluções no afundamento dos bairros.
O prefeito JHC projeta lançar em setembro o Renasce Salgadinho. Mês da primavera, banho de mar liberado, diz-se que a praia da Avenida estará própria para uso. É mais um impacto na campanha eleitoral.
Mas a jogada de Brito também só ganhará mais força à medida que o governador Paulo Dantas melhore as próprias condições do mandato. Conforme mostramos hoje neste blog, levantamento realizado pelo Atlas aponta que a impopularidade do chefe do Executivo estadual supera a popularidade.
A estimativa do Santander indica que a economia alagoana deve crescer 3,4% este ano, puxada pelo setor de serviços, que representa quase 60% do PIB da capital.
E embora a campanha de Rafael Brito use o desempenho de Lula para turbinar o guia eleitoral, JHC pode retirar votos do opositor mostrando que o impacto local na economia se deve mais ao mercado, não ao governador. Lógico: pondo um véu nas iniciativas presidenciais e nos programas federais.
Pode ser uma decisão arriscada mas, a julgar pelo início da campanha de Rafael Brito, é a única coisa a ser usada no momento.
