A mãe da professora Helena (nome fictício) tinha um sonho: viajar pelo Nordeste.
Sonho que ficou mais próximo em fevereiro, quando o STF autorizou Alagoas a receber, da União, R$ 303 milhões dos precatórios do Fundef.
Era uma ação que tramitava há mais de 20 anos no Supremo, discutindo as diferenças de repasses da União ao extinto Fundef.
Foi feito um acordo: Alagoas recebeu este dinheiro. E, pelo menos, 60% têm de ser pago aos professores. O restante? Em investimentos na educação.
O governador Paulo Dantas definiu que este dinheiro vai para a construção de creches.
Então, Helena finalmente viabilizou os detalhes da viagem. Definiu o roteiro: três estados do Nordeste.
Só que Alagoas, até hoje, não pagou os precatórios do Fundef. A mãe morreu. Helena está com problemas de saúde. A suspeita é um nódulo. Precisa de tratamento médico mas não tem dinheiro.
Para ser pago, é preciso que o Governo elabore um projeto de lei e encaminhe para a Assembleia Legislativa.
O Governo não apresenta datas.
E a espera dos professores continua.
