A esquerda do todes que infesta a administração pública federal após a vitória de Lula caiu em desgraça esta semana, quando a extrema direita voltou a tomar para si o debate sobre o aborto.
Porque o todes não seguiu uma orientação do próprio Lula. Aliás o próprio presidente da República nem seguiu o que disse lá atrás.
Em 5 de abril de 2022, Lula – então pré-candidato à presidência- disse que o aborto deveria ser transformado em um problema de saúde pública.
Ou seja: é preciso encarar e buscar soluções, nada pode ser mais escondido porque isso também revela a desigualdade entre ricos e pobres.
Existem clínicas no Brasil especializadas em abortos ilegais, e continuam funcionando graças a generosidade das instituições.
E existem as mulheres em busca desesperada pelo SUS, em consequência de abortos mal sucedidos.
Como se vê, não é uma pauta moral nem religiosa. Lula, o Governo e a esquerda tiveram a chance de encerrar o debate levando para o terreno científico. A extrema direita, a 4 meses das eleições, retoma o assunto e de maneira muito hábil, dogmatizando a questão da vida.
É uma cortina de fumaça (mais uma) mantendo Bolsonaro longe da prisão e facilitando a anistia aos criminosos do 8 de janeiro.
Ponto para eles.