Arapiraca: diretor do IML pede exoneração do cargo

Os médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca não estão fazendo exames de necropsia, por conta da greve. Até a tarde de ontem, duas das quatro gavetas da geladeira da unidade estavam ocupadas por corpos à espera do fim da paralisação.

As informações são da Gazeta de Alagoas.

“Estamos fazendo exames sexológicos em vítimas de estupro e corpo de delito no caso de presos em flagrante. Os outros serviços estão parados”, disse o diretor do IML de Arapiraca, Germano Jatobá, que pediu exoneração do cargo na última segunda-feira. Segundo ele, os corpos não poderão ser liberados sem passar pela necropsia e não existe um plano no caso de todas as gavetas da geladeira serem ocupadas antes do fim da greve. “Até agora, não existe nenhuma sinalização quanto ao fim da greve, já que não há qualquer proposta concreta para a categoria”, ressaltou.

A greve no IML provocou revolta dos familiares do jovem Cícero Anderson da Silva, 20, que morreu em um acidente de trânsito num trecho da duplicação da AL-220. “O sofrimento da gente já é tão grande com a perda, e ficou ainda maior. Ninguém diz quando o corpo vai ser liberado. Só dizem que os médicos não estão trabalhando por causa da greve”, relata o irmão da vítima, Remi Pereira da Silva.

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