Plano de segurança: ministro quer modelo CSI contra violência em Alagoas

Policiais terão até tablet

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, detalhou ao jornal Folha de São Paulo, desta quarta-feira, o plano de segurança que ele vai lançar no dia 26, em Alagoas.

À Folha, ele disse que serão investidos R$ 25 milhões da União e R$ 18 milhões  do cofres estaduais “só para a aquisição de equipamentos, como as famosas maletas usadas pelos investigadores no seriado de TV”.

“A Polícia Federal vai entrar no combate ao crime organizado, com foco para esquadrões da morte. Gastaremos R$ 25 milhões federais para aquisição de equipamento, inclusive aquelas maletas de perícia. Mandaremos para lá peritos da Força Nacional enquanto o Estado contrata peritos e policiais por concursos. Vamos criar, em julho, a delegacia de homicídios e dar curso de investigação de homicídios”, disse o ministro.

Para que a ação funcione, o Estado será dividido em distritos. E será erguida uma sala, ao lado do gabinete do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), para acompanhar a evolução da violência; os policiais terão tablets; mais de 100 câmeras de vídeo espalhadas pelo Estado.

“Dividiremos o Estado em distritos. Acompanharemos, em uma sala de situação, a evolução da violência uma vez ao mês. Farão parte governador, União, Ministério Público, Justiça, polícias. Faremos força-tarefa no sistema prisional e outra para agilizar inquérito. Nas áreas violentas e de consumo de drogas, vamos implantar mais de cem câmeras de vídeo. Vamos distribuir rádios, helicópteros. Nós e o governador Teotônio Vilela estamos comprando tablets para os policiais.

“Vamos ampliar os postos de arrecadação e destruir armas acauteladas [sob tutela da polícia]. Elas ou são roubadas ou “saem” à noite para “passear” e depois voltam. Vamos destruir mais de 2.000 no lançamento do programa.
O governo de Alagoas bonificará o policial por arma apreendida, de R$ 250 a R$ 400″, disse Cardozo.

A Perícia Oficial também terá investimentos. Pelos dados levantados pelo MJ, das 604 solicitações de perícia feitas até maio, 97% estão pendentes.

Dos 412 inquéritos instaurados, metade está pendente.

Há mais de 3.000 laudos periciais pendentes e 3.000 mandados de prisão em aberto.

Grande parte dos homicídios, 52%, ocorre só em Maceió e Arapiraca.

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