Dois anos após as cheias, menos de 10% das casas foram entregues em Alagoas

Ainda segundo Nonô: 2.700 casas estão prontas. Mas, apenas 1.680 entregues

Dois anos após as enchentes que arrasaram cidades do Vale do Paraíba e Mundaú, menos de 10% das casas (1.680) saíram do papel. São 17.640 ao todo. As informações são da Gazeta de Alagoas.

Nos cálculos do Governo, as enchentes de junho de 2010 causaram prejuízo de R$ 1,268 bilhão.

O vice-governador José Thomáz Nonô (DEM)- coordenador do Programa da Reconstrução- diz que a União enviou R$ 540 milhões, mais R$ 727 milhões para a reconstrução das casas. R$ 559 milhões (76,87%) foram pagos a Caixa Econômica Federal.

Ainda segundo Nonô: 2.700 casas estão prontas. Mas, apenas 1.680 entregues. Isso porque- de acordo com ele a maioria dos prefeitos ainda não encaminhou, durante todo esse tempo, os cadastros das famílias realizado na época da cheia, exigido pela Caixa Econômica para aferir a construção e liberar as unidades habitacionais.

Segundo Nonô, dos recursos liberados pelo governo federal, R$ 122 milhões vieram do Ministério da Educação (MEC) para a reconstrução das escolas. Cerca de R$ 900 mil foram gastos na recuperação de cinco escolas estaduais e na instalação de uma unidade educacional provisória em Santana do Mundaú.

Também já foram construídas e entregues 16 escolas, com seis salas de aula cada, de 27 que estavam previstas nesse formato. As outras 11 estão com previsão de entrega para os próximos meses.

20 unidades de 12 salas de aula e 18 unidades pró-infância não tiveram as iniciadas. Segundo o vice-governador, como o início das obras extrapolou o período de emergência – 180 dias após a enchente –, houve dúvidas quanto à dispensa de licitação e, para evitar problemas, foi consultado o Tribunal de Contas da União (TCU). A resposta está sendo aguardada para o início das obras.

Na Saúde: foram liberados R$ 43,6 milhões do Ministério da Saúde (MS), dos quais R$ 10,3 milhões foram repassados aos municípios para a compra de medicamentos e outros procedimentos emergenciais.

O restante deve ser aplicado na construção de unidades de saúde, das quais 21 (sendo oito unidades básicas e três mini-postos) tiveram as obras iniciadas e apenas duas foram entregues até agora.

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