Morre ex-ministro Humberto Gomes de Barros

O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Gomes de Barros, morreu em Brasília, aos 73 anos, por volta das 22h30, enquanto lutava contra um câncer. O sepultamento foi neste sábado. O alagoano de Maceió era escritor e, após se aposentar, virou advogado.

Seu mais recente livro era Sexta-Feira 13- Memórias do Tiroteio, em que fala do episódio, em 1957, na Assembleia Legislativa. O pai do ministro, Carlos Gomes de Barros, foi ferido com um tiro no pescoço, no plenário da Casa de Tavares Bastos.

Natural de Maceió (AL) e pai de quatro filhos, Gomes de Barros foi ainda coordenador-geral da Justiça Federal, membro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diretor da Revista do STJ, vice-diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e vice-presidente do Tribunal.

Escritor de crônicas e poesias, o ministro ocupava, desde 2003, a cadeira 18 da Academia Alagoana de Letras. Era também integrante da Academia Brasiliense de Letras. Entre seus livros não jurídicos estão Glossário Forense Cansação das Alagoas, uma coleção de poesias; As Pernas da Cobra, coletânea de contos, e Usina Santa Amália – A Saga do Coronel Laurentino Gomes de Barros, uma homenagem a seu avô.

Em junho do ano passado, Gomes de Barros foi homenageado com a colocação de sua foto na galeria dos ex-presidentes do STJ. Na ocasião, o presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, falou da formação humanista e dos talentos de Gomes de Barros. “O que fez e mais faria se tivesse o tempo apropriado foi suficiente para situá-lo entre os mais ilustres presidentes do Superior Tribunal de Justiça.”

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