Há quem ganha com a desorganização do Centro de Maceió.
E o prefeito Rui Palmeira (PSDB) sabe quem é.
Os camelôs, por exemplo. Já falamos aqui: quando eles são retirados do Centro, retornam sob o silêncio da Guarda Municipal, de fiscais cobradores de propina e ainda sob pressão de aliados do prefeito para que tudo permaneça como está, ou seja, um caos.
Prédios abandonados no Centro de Maceió correm o risco de desabarem.
Gambiarras na parte elétrica ao longo da rua do Comércio denunciam que, a qualquer momento, pode existir uma tragédia (anunciada) no Centro.
Quem são os donos das gambiarras?
Não são os camelôs.
Ambulantes se espalham ao longo da rua das Árvores há décadas.
O prefeito Rui Palmeira quer resolver o problema de graça: arrancar, na marra, comerciantes dali para “prevalecer a lei”.
Por que a Prefeitura não aluga prédios no Centro e cadastra camelôs para estes novos espaços?
Por que algumas ruas do Centro não podem ter o trânsito desviado para que elas possam ser ocupadas por camelôs regularizados?
Por que não existe acordo com o dono do prédio do antigo IBGE, no Centro, para que o espaço vire um camelódromo vertical?
Por que o Mercado Municipal é uma pocilga a céu aberto e, agora, com parte do trânsito interditada porque o ruim pode piorar?
Estas soluções são caras? Não mais que os R$ 4,6 milhões dados, pelos próximos 5 anos, ao Sindicato dos Usineiros, chefiado por tucanos do partido do prefeito, acordo fechado logo após a reeleição de Rui.
O prefeito não resolverá a crise dos camelôs de graça.
Nem com o uso exclusivo da força, esperando obediência do outro lado.