Odilon Rios
Do Repórter Alagoas
Apesar das operações policiais para tentar diminuir os índices de criminalidade em Alagoas- proporcionalmente o Estado mais violento do Brasil, segundo o Ministério da Justiça- os gastos em segurança nas ruas e nos gabinetes são bem distintos.
A partir de informações do portal Transparência Ruth Cardoso, mantido pelo Governo, o RA comparou quanto o Governo gastou ano passado para manter o Fundo Especial de Segurança- destinado a ajudar na compra de armas, reforma de presídios e delegacias- e para manter o Gabinete Militar- os seguranças do governador e do vice.
Oa dados são preocupantes.
O Gabinete Militar custou R$ 5.257.234,41, isso até junho deste ano. Comparado ao mesmo período, o Governo gastou cem vezes menos- R$ 52.551,26- para o Fundo Especial de Segurança.
Ano passado, a proporção dos gastos em segurança do chefe do Executivo e seu vice e o Fundo de Segurança são desproporcionais.
O Gabinete Militar custou R$ 17.923.545,82, em 2010, dezesseis vezes a menos que para o Fundo, 1.232.164,90.
Levantamento do jornal Gazeta de Alagoas mostra que a quantidade de homicídios, nos seis primeiros meses deste ano, foi 10% maior que o mesmo período do ano passado.
No dia oito de junho, a proposta do Conselho Estadual de Segurança de vetar a contratação de 800 PMs da reserva para as ruas foi duramente criticada na Assembleia Legislativa.
A proposta é do Governo e serve para retirar os policiais da guarda patrimonial- substitui-los por PMs da reserva- e levar a tropa às ruas.
O deputado Jeferson Morais (DEM) criticou a decisão do Conselho, chamando-a de “descabida” e chamado o Conselho de”inoperante”.